sexta-feira, 16 de março de 2007

A polícia

A polícia de Luanda, não é um dos exemplos a seguir, pois grande parte deles eram patifes até se alistarem na polícia. Qual a diferença??? Passaram a ser uns patifes legais e julgam que por terem um crachá podem fazer tudo. Atenção, nem todos são iguais.

O meu primeiro episódio com a polícia foi, quem diria, no aeroporto. Estava eu a “provocar” e a infringir as regras de trânsito que existem, ou seja, estava parado mesmo em frente a um sinal de “Paragem e Estacionamento Proibido” quando se começa a aproximar de mim um Agente de Autoridade para me abordar sobre a minha infracção. Ao me falar sobre o sinal, pede-me mais uma série de documentos, quer da viatura quer meus, que de nada serviam para cá, e comecei a ver quanto é que teria de desembolsar. Enfim, lá me consegui safar e seguir o meu caminho, com todos os documentos e sem libertar nenhuma gasosa (pormenores que não posso contar como me safei).

Nas minhas aventuras à noite, consegui sempre ser atracção para alguns polícias mais atrevidos, que pensavam que de mim iriam arrancar umas gasosas para me ir embora, seguindo o efeito de perder a paciência. Puro engano!!!!!
Claro está que estes polícias, que andam nas Pickup’s com um banco corrido na parte de trás e cheio deles, na minha opinião, são os piores.

Uma das vezes, vinha eu descontraído na estrada em direcção ao hotel onde me encontro alojado, depois de cair na noite, vejo um carro da polícia a vir em sentido contrário, e assim que eu viro numa rua olho pelo espelho e que vejo!!! O carro da polícia a fazer marcha atrás e a entrar na rua e a seguir-me. Reduzo a velocidade com a Pickup sempre colada a mim até que decide me ultrapassar, olhar fixamente para mim e pôr-se à minha frente cortando-me o caminho, daí que percebi que devia ser para parar!! Nesse momento, fui abordado por eles e foi-me pedido os documentos da viatura e a carta de condução (não me pediram o passaporte, vá se lá saber porquê?!?!?!). Da análise do polícia ao livrete provisório da viatura, vêm-me dizer que está caducado (documento esse que tinha recebido dos Serviços de Viação dois dias antes de ser abordado). Ora a caducidade mencionada pelo polícia estava baseada no número da guia que tinha a seguinte tipologia: “número/mês/ano”!!! Fico pasmado a olhar para o polícia, sem saber se ele está a falar verdade pela data que indica ou se está a mandar o isco a ver se pega.....

Defendo-me a dizer que a data é a que está no final do documento, dois dias antes de ser mandado parar, em que o polícia confere com os seus estimados colegas de profissão e me pede para sair do carro e ter com eles. Erro!!! Isso nunca se faz, e não o fiz, e ter que dizer que “vocês é que me mandaram parar, analisem os documentos e devolvam-mos porque eu não saio do carro!!”. Resultado: devolveram-me os documentos e desejaram-me boa viagem.
Não foi preciso muito tempo para ser abordado novamente pela polícia, ou seja, no dia seguinte. Aí segue uma nova história pelos polícias, mas desta vez, com o dito passaporte!! Ora, o meu passaporte estava entregue para se tratar da respectiva renovação e andava eu com o papel emitido pela DEFA com a data limite no dia em que me mandaram parar.

2 comentários:

Anónimo disse...

se eu tiver que ceder à extorsão de um policia, sera que consigo obter dele um recibo de gasosa para a minha empresa reembolsar-me a despesa?

Anónimo disse...

Pode-se dizer que tens quase um caso de amor com a polícia!!!
L.C