quarta-feira, 7 de março de 2007

A primeira jornada de Angola em 2006




Com a viagem para Angola, no primeiro trimestre de 2006, convicto do trabalho que iria desempenhar, arranjei as malas e segui viagem até lá. Após as despedidas no aeroporto da Portela, lá entrei no avião para passar 7 horas a voar até Luanda. Viagem por sua vez muito calma, sem se verificar um grande atraso, coisa que a companhia aérea de Angola já habituou os seus passageiros a constantes atrasos. Ao aterrar no aeroporto 4 de Fevereiro, por volta das 4.00 horas da manhã, lá estava o meu chefe à minha espera para me levar para o hotel onde fiquei alojado e onde me encontro, como a minha casa na cidade de Luanda.

Não passa um dia, em que não se verifique um episódio diferente, ao qual, quem já passa lá um certo tempo, começa a achar já uma certa naturalidade e fica um pouco indiferente a comentários de pessoas que chegam pela primeira vez, mas que acha graça porque já se passou pelo mesmo, ou seja, aqueles comentários do género: “vocês aqui bebem as bebidas com gelo?? Foi-me dito para não beber!!” ou “voçês usam os repelentes por causa dos mosquitos? Não têm medo de apanhar paludismo?”.

Por lógica, quando chega um novato à cidade, o que se faz é uma visita guiada pelos principais pontos da cidade, indo sempre aconselhando o que se deve e não fazer. O arranque da visita começa pela verdadeira realidade de Angola, os “musseques” (i.e. bairros) nos arredores de Luanda com habitações construídas sem qualquer ordenamento, em que algumas delas nem existe acesso a passar um carro quanto mais um camião dos bombeiros na necessidade de qualquer emergência de um fogo. Estes “musseques” foram sendo construídos durante os anos de guerra em que as populações do interior procuravam refúgio quer da guerra quer da fome na capital. Actualmente, vivem cerca de 4 milhões de pessoas na cidade de Luanda (aproximadamente um terço da população do país).

Depois, passamos à etapa dois, ou seja, os lugares mais frequentados pelos estrangeiros e pelos angolanos que ostentam dinheiro e aqueles que se fazem passar por isso. Em grande parte destes lugares, geralmente, estão sempre acompanhados de uma companhia angolana, como se estivessem a exibir o seu novo troféu de engate ou então a cobrar o pagamento de qualquer favor.

Ao andar a passear pela cidade, apercebemo-nos da agitação que a cidade propõe e as potencialidades a que ainda está sujeita. Estão a aparecer empresas em grande escala, e ainda existe espaço para muitas mais, verificando-se taxas de crescimento anuais muito atractivas para qualquer negócio que se queira implementar.

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