terça-feira, 12 de junho de 2007

A Polícia (parte III)

Após um longo período sem ser interceptado pelos respeitosos agentes, decidiram voltar à carga.

Tive mais dois episódios com a polícia, um com os agentes da Brigada de Trânsito outro com um polícia “de rua” (o equivalente à PSP).

O primeiro da BT foi num pleno domingo a caminho da Ilha. Ora, estava eu todo contente para ir almoçar a um restaurante da Ilha com uma companhia lindíssima quando na estrada, com carros estacionados na via da esquerda, sai de lá um táxi que quase me ia batendo!!! Apito e desvio-me com astúcia mas tive azar!! À minha frente encontrava-se um agente da BT que assistiu a todo o aparato. O que vos pode ser estranho, é que o senhor agente em vez de mandar parar o táxi que entrou na via sem respeitar qualquer regra de trânsito foi a mim que mandou parar!!! Porque será???

Pergunto-lhe se ele viu o que aconteceu, ao que me responde muito calmamente que sim. De pouco ou nada me serviu refilar e perguntar-lhe o porquê de me mandar parar a mim se o outro é que me ia batendo e blá blá blá... Já se sabe mais ou menos o resultado da coisa. Como ainda não tenho o documento legal da viatura não posso levantar muitas “ondas” (Infelizmente)...

O episódio que tive com o “polícia de rua” foi deveras engraçado!!! Após vezes sem conta a parar num sítio da cidade, e ao passarem sempre por mim inúmeros polícias e nenhum me dizer nada, houve um que após tanto tempo me decidiu abordar. Ora, bateu-me no vidro do carro para baixar o vidro e me começa a dizer que eu estava numa parte da via que interrompia o trânsito. Respondo-lhe que onde estava, não estava estacionado mas sim parado, e que se houvesse alguém que quisesse passar eu estaria ao volante para retirar o meu carro. Como não ficou satisfeito com a minha resposta, decidiu interceptar-me por outro lado e pediu-me os meus documentos e os da viatura. A minha resposta foi imediata (parecia que aguardava por esta situação há muito tempo...) e lhe disse que não lhe estava a ver as luvas brancas para que me pudesse pedir e receber os documentos (pela Lei Angolana, e acho que também em Portugal, só tem autoridade para pedir os documentos da viatura e a carta de condução os agentes da Brigada de Trânsito e que têm as luvas brancas)!! Refilou, refilou, refilou mas, a realidade é que ele não tinha mesmo nenhuma autoridade para tal coisa e tanto que se foi embora todo chateado e a dizer que eu lhe faltei ao respeito...

Vira-se para mim e mostra-me a identificação dele, dizendo que “você não tem luvas brancas e eu mostro-lhe a minha documentação!!”, seguido de um comentário ainda melhor de seguida, “se ali à frente lhe baterem no carro quem é que vai chamar?? Quem tenha luvas brancas??”. Ora, quem está aqui em Luanda, se houvesse um acidente bem que se sabia o que eventualmente aconteceria, portanto, não valerá muito a pena ligar a estes comentários.

Sem comentários: